Primeiro, uma questão de bom senso
Essa prática, como você deve ter entendido, não é exatamente uma invenção contemporânea... Ela é, na verdade, o retorno do que, há algumas décadas, era uma questão de puro bom senso: quando você quebra algo, bem, você conserta! Um fato óbvio que nossas sociedades modernas esqueceram, em favor de novos e feios reflexos: objeto quebrado = objeto jogado fora e comprado novo. Uma lógica que se tornou insustentável hoje, e que abre caminho para um retorno ao bom pragmatismo do passado, e ao cuidado dado aos objetos. Quanto à definição, a noção de reparabilidade não é muito misteriosa. Um objeto reparável é aquele cuja vida útil pode ser estendida substituindo ou consertando uma ou mais partes.
Ela se opõe a outra noção, muito comentada e apontada há algum tempo: obsolescência programada, que descreve uma forma de conceber produtos com uma vida útil limitada, forçando os consumidores a comprá-los novamente regularmente.
Com a reparabilidade, por outro lado, seguimos uma lógica virtuosa e sóbria, a da economia circular. Ou seja, como sair do padrão linear de produzir > consumir > jogar fora para voltar às dinâmicas que são econômicas em recursos e matérias-primas: produzir > usar > reparar (ou reciclar) > reutilizar.