Mitigar ou adaptar... precisamos escolher?
Você já deve ter imaginado que a resposta é não! Mitigação e adaptação são, de fato, os dois frontes da mesma grande batalha: o combate às mudanças climáticas.
Na verdade, elas são duas estratégias complementares que se aplicam a níveis distintos. Em termos concretos, a mitigação lida com as causas das mudanças climáticas, enquanto a adaptação aborda seus efeitos. Em resumo, a primeira consiste em limitar o aquecimento global, e a segunda, em aprender a conviver com ele.
Em ambos os casos, a urgência é clara. O IPCC, a organização que documenta e resume todo o conhecimento científico relacionado às mudanças climáticas, reiterou isso em seu último relatório (o 6º, publicado em várias etapas desde 2021): resta muito pouco tempo para limitarmos os danos causados pelas mudanças climáticas.
Hoje, as emissões globais de gases de efeito estufa, que são a principal causa das mudanças climáticas, continuam a aumentar. No entanto, os especialistas estimam que essas emissões precisam atingir seu pico antes de 2025, no máximo, e, em seguida, diminuir drasticamente se quisermos limitar o aquecimento global a cerca de 2°C. Portanto, temos aproximadamente três anos (até 2025) para reverter essa tendência.